23H30!
A campainha toca…pouso o meu copo, abro a porta…com a mão ainda enregelada do meu drink, percorro o seu corpo tentando encontrar o fim do vestido, encontro, suavemente o levanto e…humm…sem nada…
- Vieste tarde, mas sabes o que eu adoro!
- O meu marido só saiu agora…vem, possui-me!
Suas mãos trémulas, o respirar ofegante, o doce odor do pecado percorria o seu corpo, denunciando uma fome de ser possuída…de se sentir mulher!
Encostei o seu corpo á parede fria, o vestido que fora ideado para excitar o mais comum dos mortais, já fizera o seu dano…ímpeto, com uma fome de carne, arranco-o do seu corpo…desejo possui-la, anseio por saborear o seu sexo…o mel que alimenta a minha alma.
- Tens a cona encharcadinha!
- È só tua, meu amor…enfia-me o teu caralho!...rasga-me!!!
Na inconsciência bruta do meu desejo, de rompante cedi ao seu anseio…frémitos carnais dizia…
-Fode-me, meu amor…faz de mim a tua escrava…a tua fiel puta!!!

- Fodes como um rei…mas preciso de mais!
Tirei um cigarro, peguei na minha bebida…calmamente, sentei-me na poltrona, contemplando o despojado da noite…
- Por hoje chega, desculpa, mas apetece-me estar sozinho!
Com toda a delicadeza, voltou a colocar o vestido, tirou a carteira da mala e…mais uma vez fui dela, como de outra qualquer!
Bateu a porta, com o seu ego ferido…talvez!
24h20
Saio á rua, cabisbaixo…não sei que passou comigo…porque fora tão impetuoso com aquela mulher!?
Acendo outro cigarro!…ainda lhe sinto o suave cheiro…humm… jasmim, rosas, cardamono…
Volvo a ligar-lhe!...quero terminar o que comecei!...
02h30
- Não!... hoje, pago eu!